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    Desejando um ótimo Natal para nossos leitores amantes da boa música, compartilhamos aqui uma Guarânia de Natal pelo Grupo Opa; a linda guarânia Índia de José Asunción Flores e Manuel Ortiz Guerrero, na versão de José Fortuna e Meu Primeiro Amor de Jimenez, Fortuna e Pinheirinho nas vozes de Cascatinha e Inhana. Abaixo, um pouquinho da história dessas lindas e românticas composições musicais.

 GUARÂNIAS

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Grupo Mbya

       A palavra guarânia tem origem no idioma indígena guarani, falado por milhares de pessoas na América do Sul. É a segunda língua oficial do Paraguai, junto com o espanhol, e uma das três línguas oficiais do MERCOSUL. Existem também diversas comunidades indígenas que falam o guarani no Brasil (como Mbya e Kaiowá), na Argentina e na Bolívia.   

       A história da guarânia começa no Paraguai, criada em 1925 pelo compositor José Asunción Flores, para expressar a identidade nacional paraguaia através de ritmos lentos e melancólicos.

       A guarânia se popularizou no Brasil a partir da década de 1930, principalmente no sul de Mato Grosso do Sul, e foi incorporada à música sertaneja, influenciando gêneros como o rasqueado.         Além dos vocais sempre muito afinados, os instrumentos musicais usados na guarânias são: a guitarra; a harpa paraguaia; o piano; o trompete; o clarinete; o trombone, o contra baixo e a flauta.

     Flores fez uso de ritmos e melodias lentos e melancólicos para as canções. Algumas guarânias falam sobre a natureza heróica do povo paraguaio, outras comentam questões sociais e muitas cantam amores românticos.  

    A primeira  guarânia sua foi uma versão lenta da polca paraguaia Ma'erápa Reikuaase.

       A primeira  guarânia sua foi uma versão lenta da polca paraguaia Ma'erápa Reikuaase..

       Acredita-se que a guarânia tenha sido introduzida no Brasil pelos próprios paraguaios, especialmente na divisa com o Mato Grosso do Sul, quando muitos vieram para o Brasil a trabalho, durante o ciclo da erva mate.  Há  traços predominantes na música 

folclórica de Mato Grosso que se enquadram perfeitamente na harmonia da guarânia.

      A guarânia chegou aqui também como resultado do trabalho de pesquisa em sucessivas viagens ao Paraguai realizado por Raul Torres, 

Ariovaldo PiresMário Zan e Nhô Pai.           Torres foi responsável por uma das guarânias de maior sucesso no Brasil, "Colcha de retalhos", gravada por  Cascatinha e Inhana. A mesma dupla fez um sucesso enorme em 1951 com outra guarânia célebre, "Índia", de José Asunción Flores e Manuel Ortiz Guerrero, na versão de José Fortuna.

      A partir de 1940 esse gênero tornou-se um dos  mais utilizados pelos compositores da música setaneja como mais uma forma de fazer sucesso.  

      Milionário e José Rico também ajudaram a estabelecer o ritmo no Brasil. A maioria das canções da dupla são guarânias e huapangos, este último um ritmo também latino com influências indígenas.

fonte: http://tribunadopantanal.com.br/conheca-a-historia-da-guarania/

https://pt.wikipedia.org › wiki › Guarânia

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A cooperação dos leitores
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AINDA ASSIM, É NATAL

Therezinha C. de Paiva  Prado


 

Apesar dos desgastes

Da alma e corpo cansados,

Ainda assim é Natal!

 

Embora vejamos

Todas as catástrofes,

Tantos desatinos,

Desastres e horror,

Ainda assim é Natal!

 

Se a natureza avoluma

Problemas, desolação

E lágrimas,

Mesmo assim é Natal!

 

Se ainda encontramos

Sorrisos de amigos,

Braços que nos abraçam

No aconchego do coração;

Se há, ainda, olhos

Que brilham de pura amizade,

É que Deus, no seu comando,

Nos sustenta, nos carrega

E nos concede o Natal!

 

Se renascem no berço rústico,

Pobre, humilde

E resplandecente de luz,

A esperança, o abrigo,

O refúgio, o consolo e o perdão,

É porque assim é o Natal,

E a criança é Jesus...



 

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BEM DIFERENTE

Maria T. Arruda Galvão de França

 

A noite é de paz,

brilhante de estrelas

e na calma suave

da humilde cocheira,

a luz que penetra

bem devagarinho

ilumina a palha

sob o Deus Menino.

 

A Virgem serena

 e José, ao seu lado,

doando carinho

 ao Jesus Menino

na palha deitado,

partilham a emoção

 da sublime missão,

e a grande beleza

do amor na pobreza.

 

Um boi que aquece

o ar frio da noite

com seu bafo quente;

um burro que vela

como fosse gente...

e emocionados

os reis e os pastores

se igualam, curvados

aos pés do Menino.

Ali não há servos

nem reis, nem senhores.

 

Na simplicidade

da humilde cocheira

a noite é de paz ,

amor, doação

no canto dos anjos,

na maciez da luz ...

 

Bem diferente

do brilho aparente,

da preocupação

com ceias, presentes

- sem fé, oração,

sem paz e união -

é o Natal de Jesus!

.

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NATAL

Magó Galvão de Castro

 

      Patrícia era uma secretária executiva de multinacional, quarentona e muito bem conservada graças aos cuidados constantes: massagista, cremes, dermatologista, nutricionista, etc. Divorciada, sem filhos, muitos amigos e alguns amores. Na noite de Natal enquanto se produzia toda, pensava na vida. Havia se divorciado depois de dez anos de casamento, pois seu marido era um egocêntrico, só pensava nele mesmo, exigia tudo e nada lhe acrescentava, pois nem filhos queria.

     Sua família, ah, sua família, apesar de amá-la não aguentava o comportamento tradicional da mesma, as reuniões com uma infinidade de tios e primos que só queriam dar palpite em sua vida. Sabia que era com a melhor das intenções, segundo os mesmos, mas até arrumar-lhe um marido viúvo com três filhos já haviam tentado. O pobre coitado até que ficou entusiasmado, mas Patrícia arrepiou-se com a figura do próprio e com a idéia de abandonar seu estilo de vida na cidade grande.

   Vamos lá Patrícia, roupa social sem muito exagero, saltos, bolsa Prada, afofar o cabelo, verificar se as jóias estão de acordo, sem muita ostentação, por favor, e perfume francês como se deve. Os presentes para os anfitriões estavam etiquetados, pois seria uma maratona de festas – degustação de vinhos e patês na casa da Mônica, sua colega de trabalho, champanhe francês e aperitivos adequados no apartamento do amigo Alfredo, chope e leitoa assada no prédio do casal Benedito e Célia, com direito a rabanada. Ufa, ainda bem 

que havia passado toda a semana na base de saladas e legumes senão estaria uma baleia quando chegasse a passagem do ano. Reviu mentalmente o roteiro a ser feito, tirou seu carro esporte da garagem não esquecendo de desejar Boas Festas ao porteiro do edifício de luxo onde morava.

      Enervada com o trânsito caótico, nessa noite quando todos têm pressa de chegar em casa para festejar, resolveu tentar um caminho alternativo enfrentando ruas e bibocas na esperança de cumprir seus horários à risca como fazia no seu dia a dia. Repentinamente seu carro parou sem mais aquela. Preocupada verificou o combustível, tanque cheio, nenhuma luz acesa, inexplicável. Tentou a partida, nada, afogador, nada, nada, nada. Ligou o celular para alguns amigos, ocupados ou fora de serviço.

    Desceu do carro e olhou ao redor; apenas uma luzinha brilhava meio longe, do outro lado da praça. Equilibrando-se nos saltos atravessou a mesma e se deparou com uma capelinha simples onde um padre idoso rezava e crianças simplesmente vestidas encenavam um teatrinho alusivo à data. A platéia era constituída de vários tipos de pessoas e idades que compartilhavam a cerimônia. Ao entrar sentiu-se em paz quando todos se deram as mãos para cantar louvores.

     Quando a cerimônia terminou, uma senhora idosa tomou-lhe as mãos e convidou-a para participar da ceia de Natal no salão ao lado. Não tendo como recusar sentou-se a uma mesa comunitária onde havia guaraná e vários tipos de bolo. Uma criança mais afoita pediu para sentar-se ao seu lado, pois seu cheiro era bom e ela era linda! Todos se cumprimentavam e se abraçavam desejando saúde e felicidade e Patrícia sentiu-se irmanada.

    Após uma hora ou mais, os casais e as crianças começaram a se retirar enquanto os mais idosos tentavam mais um dedinho de prosa. Patrícia percebeu que era hora de ir-se embora, desejou Boas Festas a todos, atravessou a rua e entrou no carro. Espantadíssima verificou que o mesmo funcionou normalmente, desistiu do champanhe e foi para casa dormindo em paz com um sorriso nos lábios, coisa que não acontecia há muito tempo.

O AGORA E O AMANHÃ

Jaime Bettega

Capuchinhos/RS

enviado por Adriana Murgel

     Bom Dia! O sábado chega de mansinho... Hoje é feriado: 15 de novembro, Proclamação da República... Que o nosso Brasil possa deslanchar e continuar sendo a Pátria Amada... Feliz dia, Feliz feriado... Abençoado sábado! “Busque a vida que você sonha, mas não deixe de viver a vida que você tem.” (@camposde.margaridas).

    Os dias são marcados pela velocidade. A pressa pode levar ao esquecimento do valor da vida. Apesar de ter uma agenda bem exigente, procuro agradecer cada momento da minha vida. O que eu sempre sonhei está acontecendo, por isso sou grato ao Criador. Acho que sou viciado em sonhos, pois quando um sonho alcança a realidade outros já estão chegando para serem sonhados. Sem sonhos a vida deixa de ser vivida com significado.         

        Sonhar é um dom divino. É o que mantém o coração desperto, o olhar aceso e o espírito esperançoso. Mas há um ponto sutil onde o sonho, quando se torna fuga, começa a nos afastar do que realmente importa: o momento presente.

       Muitos vivem presos ao “quando”, esquecendo o “enquanto”. Esperam o emprego ideal, a casa perfeita, o amor completo, e, nesse intervalo, deixam de viver o que já é bênção. A vida não começa quando o sonho se realiza; ela já está acontecendo. O agora é o campo onde os sonhos são semeados, e quem o ignora perde o milagre das pequenas alegrias. Buscar o que se deseja é nobre, mas é preciso que essa busca seja acompanhada de gratidão. A insatisfação constante nos cega, enquanto o reconhecimento do que já temos abre caminho para o que ainda virá.

       A alma amadurece quando aprende que felicidade não é destino, é presença. É possível sonhar e viver ao mesmo tempo: sonhar com o amanhã enquanto se saboreia o hoje. A serenidade nasce quando o coração compreende que o futuro é apenas extensão do presente bem vivido.

      O que temos agora, as pessoas, os afetos, as conquistas e até os desafios, é o material sagrado com que Deus constrói o amanhã. Quando agradecemos, o sonho se torna oração; quando vivemos com atenção, o sonho se torna realidade. E o ciclo da vida se completa: buscamos, caminhamos, esperamos, mas nunca deixamos de viver. O sonho é farol, mas o presente é o chão. E é sobre esse chão, firme e sagrado, que a vida realmente floresce. Bênção! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraço!

 

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CAÍ NA ARMADILHA DO APLICATIVO

Antonio Sampaio Amaral Filho

       Ontem estava ainda sem sono e vi a foto de uma série na Netflix que me interessou. Procurei por mais informações: mini série com 6 capítulos. Gostei e dei o play. A história era envolvente e quando vi só faltavam 2 capítulos. Vou maratonar e terminar de ver. Chegando quase no final do último capítulo achei que faltava algo para o encerramento.

       Eram 4h da manhã quando percebi que tinha caído na armadilha do aplicativo. O último capítulo na verdade não era o fim da mini série, mas o fim da primeira temporada. Haaa, caí na armadilha! Assisti quase dormindo e ao final não era final. E agora? Quando vai ter segunda temporada? Como vou achar este título novamente se for daqui um ano ou daqui há alguns meses? Fiquei no vácuo.

      Hoje acordei e vi que ainda estava revoltado. Pensei que nossa vida está ficando rodeada de aplicativos e resolvi escrever sobre eles. A primeira coisa foi pensar na palavra – a p l i c a t i v o.                Achei estranho que eu entendia o significado, mas a palavra me parecia estranha. Fui ao Aurélio procurar sua etimologia e vi que era um neologismo criado pela área de informática. Uso único por enquanto. Não preciso explicar a palavra. Todo mundo já conhece.

       Tem uma propaganda de uma rede de postos de gasolina, que acho engraçada. Chega um viajante e começa a perguntar para o morador onde tinha uma série de coisas. A resposta sempre era. Tem no posto Ipiranga!

    Hoje as respostas estão meio parecidas. Precisa de um telefone? Usa o celular. Precisa de uma bússola? Usa o celular. Precisa de espelho? Usa o

       

celular. E com coisas maiores? A resposta será: usa o aplicativo. Quer um carro? Usa o aplicativo. Quer alugar uma casa de veraneio? Usa o aplicativo. Quer uma pizza? Usa o aplicativo.Mas se o aplicativo de filmes me fez cair em uma armadilha, quais seriam as armadilhas dos outros aplicativos? A resposta vai depender do ponto de vista de quem faz as perguntas.

       Se eu quero ir para algum lugar, uso o aplicativo para chamar um carro. Ele vem rápido e é mais barato do que um taxi. Puxa que bom, algo que só traz benefícios. Só que depende do ponto de vista. E mesmo assim é bem variada a resposta. Hoje alguém que trabalha em supermercado ganha pouco mais que um salário mínimo e alguns benefícios. No aplicativo ganha talvez igual, ou um tanto mais, mas sem patrão ou gerente para pegar no pé. Vai ficar horas em cima da roda, mas a maioria acredita que compensa. Vão ter problemas com aposentadoria, já tem problemas em caso de acidentes, que vem aumentando, mas vida que segue.

      Vai para o mato e quer uma casa bacana com lareira na montanha? Use o aplicativo de aluguel de casas. Vai ter fotos, alguém para te tirar as dúvidas, facilidade de pagamentos. Claro que a pessoa pode chegar e ver que as fotos passaram pelo aplicativo photoshop e que a lareira traz fumaça para dentro da casa, mas o problema é outro.

       Atualmente em grandes cidades, existem investidores que compram muitas casas e apartamentos e estão usando os aplicativos para alugarem suas propriedades de forma temporária. Isto está diminuindo a oferta de casas para locações mais permanentes, pressionando os preços do aluguel. Quem iria vender, faz este tipo de locação, não vende e a oferta de casas diminui, criando desequilíbrio nos preços. Nem falo da crise dos hotéis, cujo setor ainda não sabe o que fazer.

Poderia retomar o assunto da armadilha da descontinuidade de séries e de vários outros aplicativos, mas aí este texto iria ficar grande. Fica registrado que o mundo está dando cambalhotas.

     Todas estas situações nos trazem uma nova palavra: disruptivo - significado moderno: algo que causa um rompimento ou alteração significativa, especialmente no contexto de inovação tecnológica, onde derruba mercados estabelecidos.

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